Ganda Ordinarice

Desabafo bem intencionado e imagético sobre o Salão Erótico de Lisboa.

quinta-feira, julho 20, 2006

SONIA BABY, O MAIOR ESPECTÁCULO DO MUNDO


Foram 10 minutos de grande intensidade intelectual.
Eram 22h10m.
A lindíssima espanhola Sonia Baby (acrobata vaginal, título inteiramente merecido) entra em cena, vestidinha à oriental. Cabelo louro apanhado com pauzinhos para comer arroz. Kimono vermelho rubro.
Meia-dúzia de movimentos e vamos ao que interessa, que se faz tarde.
A turba enlouquecida. Este vosso escriba, acompanhado de um amigo, de máquina em punho, a fazer fotos para o número um da “BD Voyeur”, a sair um dia destes. Na primeira fila.
O recorde a bater estava em 15 metros de corrente para retirar da delicada passarinha da “nuestra hermanita”. Bem, afinal a corrente, contrariamente ao que nos tinham feito pensar, não era daquelas de pendurar contentores, nas docas. Era uma corrente de pequenas pérolas, supostamente com 20 metros. O Bubka tentava o recorde centímetro a centímetro. A Sonia é logo aos cinco metros, para não parecer mal.


Sonia Baby senta-se, coloca-se de frente para o público, faz uns ares marotos, destapa um pouco a tanguinha e as pérolas de cultura vaginal intra-uterina começam a sair.
Pedem-se quatro voluntários para subir ao palco.
Depois...depois, bem, é difícil descrever, mesmo para um sobredotado como eu.
A menina ia retirando o fiozinho de pérolas, deslocava-se para a direita e punha uma extremidade na boca de um dos quatro simpáticos elementos do respeitável público. E depois mudava de extremo, tipo Chalana, a trocar os olhos ao adversário.

Como devem imaginar, o fiozinho de pérolas ia-lhe saindo da “pajarita”, atravessava a atmosfera a uma altura de metro e 80 (mais ou menos), depois voltava para trás, assim a modos como que numa teia daquelas que os miúdos fazem com as duas mãos e um cordel.


Podem também imaginar os Santos Populares, com os balõezinhos pendurados no estendal de enfeites. Ou aquelas cordas que vão de mastro para mastro nos barcos de recreio, cheias de bandeirinhas.

Cinco minutos depois de uma belíssima coreografia, as pérolas estavam a sair-lhe da “sweet pussy”, andavam já na boca de toda a gente (dos quatro voluntários em termos físicos e da assistência em termos de comentários) e desenhavam um belíssimo quadro, como numa teia de Penélope.



O “grande finale” foi só este: acabadas as pérolas, saíram as bandeirinhas todas dos países participantes no Mundial.
Dez minutos de sonho.

Foi no dia 14 de Julho de 2006.
Eu estive lá.
Foi no segundo Salão Erótico de Lisboa,no palco IFG, à direita de quem entra, à esquerda de quem sai.
No dia 14 de Julho de 1789 aconteceram outras coisas.
De qualquer forma, eu perdi a cabeça.


2 Comentários:

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