Podia ser conhecida como “O túnel catalão”. De lá sai tudo. Lá entra tudo. Praticamente. Eu confesso que não fiz nenhuma visita guiada. Ou, como chamava um camarada da poesia ao cunnilingus, “piedosa romagem ao lugar onde nascemos”.
Mas a miúda é um espectáculo. Já tinha dito isto, não tinha?
(São 7 e 9 da manhã. Estou a ouvir Ennio Morricone, música de westers).
Disse-me a Sonia que tinha preparados para este SIEL oito ou nove espectáculos diferentes. Eh! lá, não haverá nisso nenhum exagero?
Népias. Parece que não. Só dois vi eu ontem. A Sonia dá espectáculos às cinco da tarde (a las cinco de la tarde...leiam o Lorca, que também é giro, embora não tivesse jeito para tirar coisas do rabo. Podia dizer algo mais, mas fico-me por aqui) e às 10 da noite. Ó Sonia, mas no Domingo o Salão fecha às dez...
“Então é mais cedo no Domingo”. Bem visto.
Apanhei a Sonia a meio do primeiro número (duram dez minutos, mais ou menos. Mas que dez minutos!). Estava ela a exibir-se em plano superlativo no Palco IFG ao som de Ricky Martin, Monica Naranjo e Madonna. Os três à molhada. O refrão era “Enamorada, enamorada, enamorada...”.
A Sonia de vermelho e preto. Cheia de salero. Ai, Deus, i u é o meu amor? Ai madre que moiro, que moiro de amor, ai flores, ai flores de verde pinho. Estás a curtir, ó Dinis dos pinhais?
Só que as flores não eram de verde pinho. Eram de um plástico especial. E lá iam saindo de dentro do já famoso (mas verdadeiramente querido e esteticamente brilhante) “túnel rambloso”. Umas 30 flores. Contadas a olhómetro. Mas a um metro da menina. Tem de ser. Eu sou um profissional. Não deixo para amanhã o que posso ver hoje em grande plano.
“Posso usar vários conjuntos de flores. Encomendo dos Estados Unidos, em Barcelona. Vêm parar à loja de uma amiga minha, por especial favor”.
Então e as flores entram nesse lindo jardim com algum lubrificante, imagino?
“Sim, claro. Mas olha que já me cortei”.
Pardon, Miss Baby...com flores de plástico?!?
“Não. É que têm umas pecinhas metálicas, para ficarem umas atadas às outras”.
Bem, até estou arrepiado. Imagino que seja difícil de cicatrizar...
“Uso um cicatrizante verde, que compro lá em Barcelona. E tenho mais uma série de cuidados”.
Bolas. Isto é assim a modos que José Lito e os seus irmãos no Poço da Morte. Arriscam a vida para salvar a mesma (esta era do Nuno Couceiro, nas noites de copos no “Hexágono”. O Nuno Couceiro é o irmão mais velho do Pedro Couceiro, o piloto português que cantava “Eu já namoro” com 14 anos. Já agora, os meus parabéns ao Pedro Lamy, pelo segundo lugar de Le Mans).
Ó simpático, vai um tirinho?
À noite, pelas 22 e 5, Sonia apareceu com um body branco maravilhoso e uma cartola branca (a Monica Vera apareceu com uma cartola preta).
Olha, está a dar a música da ‘Bonanza’ aqui no leitor de CD. Com uma espécie de berimbau. Trompetes e coisa e tal. São 7 e 27. Também há violinos e harmónicas. Apetece-me montar. Já acabou a música. Esta agora é “The man from the lost valley”).
E depois a Sonia armou-se em Luís de Matos e pôs-se a fazer truques de magia à maneira. A chavala sabe da poda. EU DISSE DA PODA! (Por acaso comprei dois filmes porno dela, que até hoje nunca vi nenhum, mas com isto do blog ainda nem os espreitei. Vou buscar ao saco, só para dizer os nomes --- “O mito do sexo”, de Narcis Bosch, e “Obessão pelo traseiro da minha mulher”, do mesmo gajo. Bosch é bom, já dizia o poeta O’Neill).
Eu estava a um metro e só via desaparecer o lencinho roxo. Cadê o lencinho, mamãe? Onde a moça esconde o lenço, papai?
Ó guri, não faça perguntas complicadas. Olhe lá para a dócil caverna da Sonia e repare na multiplicidade de lencinhos multicolores que saem lá de dentro.
(Isto já o Alpoim e o Colaço tinham visto uma vez em Madrid, há um porradão de anos, mas com a Sonia é mais bonito. Olha, agora está a tocar o tema de “Era uma vez no Oeste”. A Claudia Cardinale também era uma mulher fantástica).
Delirei. Sou mesmo cliente da Sonia. E ela também retira pérolas, manda jactos de água e este ano vai ter uma coisa que até cospe fogo.
Dentro de ti?
“Não, pá. Quando sai faz fricção e aquilo fica aceso só um bocadinho. Depois vais ver”.Espero que sim. Fico mais descansado.
E diz a Sonia que o recorde da corrente de pérolas ainda vai ser aumentado para muito mais.
“Pois é. Posso fazer espectáculos com quatro voluntários, para segurar as pérolas na boca. Até posso fazer com seis. Neste palco não devo passar dos quatro”.
Depois do SIEL vais para onde?
“Montes de sítios. Madrid, Toledo, Granada, Sevilha, Buenos Aires, Barcelona, Bilbau, México, Japão...”
Vê lá se um japonês não entra lá para dentro de ti, com a mania que eles têm de fotografar tudo...os gajos são canininhos e até cabem, bem arrumadinhos. Até dava para bater o recorde dos 27 marmelos num Mini, no programa do Júlio Isidro. Era do Isidro, não era? Bem, são 7 e 43 e a carola já não está ao máximo...olha, agora a música perdeu um bocado do “Morricone Touch” e parece James Last, música de elevador, para constituir família. Será uma gralha no CD?
Bem, vamos ficar por aqui. Não se esqueçam que a Sonia ganhou o prémio Ninfa de Ouro, reputado galardão da indústria porno. Melhor actriz espanhola. “Chapeau”.
Atrás da Sonia, o cartaz do filme “Hot Rats 2”. Tenho o primeiro. Quis comprar o 2, que tem a Sonia Baby. E a Tiffany Hopkins (vão a Julho 2006, aos arquivos e leiam ‘A jóia e o coveiro’). Mas não havia. Vai buscar, Tibi.
Sonia Baby, o maior espectáculo do mundo. E quem pensar que é fácil passar a vida a meter e a tirar coisas da pachacha não faz a mínima ideia do que está a falar.
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