“MAD MAX” ATACA EM LISBOA

Poucos metros ao lado do Largo da Misericórdia, Max Cortes (ou Max Cotez, como vem escrito na capa do DVD da IFG) contempla o Castelo de S.Jorge, do outro lado. O jardim altaneiro em frente do antigo “Harry’s Bar” (mais conhecido como do “Joãozinho”, local onde Amália Rodrigues era ídolo supremo) é um belo princípio de bilhete postal do filme “O ponto climax supremo”.
Esta longa-metragem de 120 minutos, realizada e protagonizada por Max Cortes, saltita de cidade para cidade, começando com uma super-felação no Rio de Janeiro, interpretada/mamada por Dúnia Montenegro, a carioca radicada em Espanha.
Se a cidade do México tem direito a uma cena, Lisboa não foi esquecida. Do Terreiro do Paço, à Ponte sobre o Tejo, passando pelo Elevador da Glória, nada é esquecido como ícone lisboeta de primeira água. Há sardinhas a assar, há a bela cena de sexo da pensão típica. O senhor é Max Cortes, a senhora é a checa Jane Darling, presença simpática e sensual do primeiro SIEL, em 2005.
Da equipa de estrelas que veio ao primeiro Salão Internacional Erótico de Lisboa temos o realizador/actor Max Cortes, o “speaker” e actor Roberto Chivas, Susie Diamond, Julie Silver e Dúnia Montenegro.
As cenas têm uma produção cuidada e as meninas sentem-se como peixe na água nas cenas de sexo. E se os diálogos entre espanhóis (em espanhol, obviamente) soam naturais, as dobragens de Jane Darling e das outras actrizes, em espanhol, tiram um bocado de graça ao filme. É preciso que façamos um exercício: esquecer o som e focarmo-nos nos rostos de prazer de Jane Darling ou Julie Silver, que tiram prazer da pornografia e não gostam de “meias-tintas”. Se é para foder, vamos lá embora, senhores ouvintes.
A intriga é policial e gira à volta de uma droga que vicia Max Cortes em sexo.
Mas isso é perfeitamente secundário. O importante é que os “alfacinhas” sintam orgulho por ver que Lisboa não foi esquecida no grande roteiro pornográfico mundial. E não a Lisboa da Lapa ou do Restelo, mas a Lisboa do Bairro Alto, a Lisboa da pequena pensão típica, a Lisboa que tem história.
Motivo mais do que suficiente para cantarolar a plena voz o tema que se ouvia nas gargantas de milhares de benfiquistas nas noites de gala basquetebolísticas de Carlos Lisboa, no pavilhão da Luz: “Cheira bem, cheira a Lisboa”.
E apesar do sexo ser “puro e duro, como a gente gosta” (como diria a Dra. Rute Remédios/Herman José) não consta que nenhuma actriz tenha sido obrigada a levar 45 pontos, como aqueles que Carlos Lisboa marcou numa noite de inspiração ao Partizan de Belgrado.
Eu estava lá.
Falhei a rodagem do filme porno. Não se fode ter tudo.
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