Ganda Ordinarice

Desabafo bem intencionado e imagético sobre o Salão Erótico de Lisboa.

quinta-feira, agosto 30, 2007

NÃO COMI GAJA NENHUMA, MAS DORMI COM O ALVERCA

Um gajo fica um colhão de tempo sem ir ao Algarve. E depois, quando a coisa se proporciona, é ao quilo, como na Vimóveis.
O primeiro culpado é o Rui Brito. Falo do Rui Brito editor da Polvo, não do Rui Brito que é gerente da Megasex. Por acaso, neste blogue, até tinha mais lógica falar do outro. Mas não. O culpado é o Rui Brito geólogo, editor da Polvo e da Rui Brito Edições.
O gajo desafiou-me para ir a Lagos declamar poemas do “De boas erecções está o Inferno cheio”, na Biblioteca Municipal. E lá fomos. Um ganda êxito. A 4 de Maio de 2007, pela noitinha. Para isto não foi preciso credencial. Bastaram as minhas credenciais como poeta. Mas para os outros acontecimentos já foi preciso credencial.


Em princípios de Julho abalei até Portimão, para a final da Final Four da Liga Europeia de Voleibol (ver www.oprazerdamesa.blogspot.com). O meu amigo Luís Ribeiro, da Federação Portuguesa de Voleibol, mais o Jorge Castro, trataram da coisa em duas penadas. Podem ver a credencial do voleibol, com o João José, capitão da selecção e um ganda bacano, em destaque.


Em Portimão, fui a dois clubes de strip. Na primeira noite, abalancei-me ao “Cocktail”, já perto da Praia da Rocha, gerido por um senhor simpático que esteve emigrado em Paris e se fartou do clima. E lá se radicou em Portimão. O “Cocktail” é um clube simpático. Deram-me uma “borla” na entrada, mas eu não queria incomodar, como dizia o actor Carlos Miguel num magnífico sketch: “Eu não quero é incomodar”.
O senhor do “Cocktail” ficou na conversa comigo e disse que “Sim, senhor”, podia falar do clube à vontade, no blogue. Atão, era publicidade!
E ofereceu-me uma bebida. Já era má educação recusar, mas eu tinha necessidade psicológica de mostrar que não era um tangas qualquer à procura de borlas. E vai daí, num gesto de retribuição, disse ao senhor:
— Então, olhe, deixe-me já pagar uma Touch Dance, que depois escolho uma menina.
— Veja lá, não se sinta obrigado. Tenho muito prazer em oferecer-lhe uma bebida. Mas olhe que realmente a Touch Dance compensa.

Paguei no Multibanco e fui-me sentar. Um bocadinho depois, sentou-se ao pé de mim uma menina romena, morena, de ar doce e cabelo preto curto. Conversa para aqui e para acolá, até chegar o momento da verdade:
— Paga-me uma bebida?
— Não, vamos fazer uma Touch Dance, que eu já paguei e até é melhor para ti.

Ela nem queria acreditar na sorte dela. Cinco minutos e vai buscar, Tibi!
E lá fomos fazer uma Touch Dance, o escorpião zodiacal português e o escorpião romeno. E como Touch Dance é Touch Dance, consolei-me a acariciar-lhe as maminhas naturais, impertinentes (o que se designa por ‘perky’, em inglês). E aquilo deu-me tesão física, o que nem é sempre o caso. Apeteceu-me condecorar o Luisinho, por estar a representar bem as cores nacionais. Mas como as medalhas têm bicos de metal, desisti da ideia.
Como sou um cavalheiro, pergunto sempre até onde posso ir e tocar, mesmo sabendo-se como são as regras da Touch Dance. E ela:
— Podes tocar.
— Queres que te arranhe as costas?
Nesta fase elas ficam sempre desconfiadas. Mas eu sou tão meiguinho como Torquemada ou aqueles senhores tímidos de machadinha da mão e capuzes que faziam a barba aos pescoços das mulheres do Henrique (Em que lugar é que ficou o gajo na última prova? VIII?).

Bem, acabou a Touch Dance e voltei ao balcão, para mais uma dose de conversa sobre o Salão Erótico. Quase ninguém estava a par da coisa, mês e meio antes, em Portimão.

E de Cuba Livre na mão fui-me sentar outra vez. E fiquei deslumbrado com a simpatia e a beleza de uma brasileira. Veio falar comigo, ficámos amigos. A conversa fluiu espectacularmente. E fiz uma Private Dance com ela, que é uma Touch Dance sem touch. Ou seja, só ela é que pode tocar. É uma coisa mais respeitosa. Eu disse uma piada qualquer e ela repreendeu-me amigavelmente:
— Silêncio. Agora é hora de erotismo.

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E era. A miúda é inteligente, culta, cheia de humor. Ficámos depois a falar de escritores e de livros. O Luisinho tornou a erguer uma erecção de homenagem, o que é sempre bem. Arriba, Portugal!
(Na Private Dance, não foi na conversa sobre escritores que tive tesão)

Na noite seguinte fui ao novíssimo Kartier Club, ao pé da Farmácia Carvalho. Clube simpático, com molduras repletas de recortes de jornais antigos, dos tempos dos grande combates de boxe com Joe Louis. Ia na disposição de fazer uma Private Dance, para quebrar o gelo, mas acabei a pagar uma bebida a uma bela cantora brasileira de voz rouca, de enormes dotes físicos e vocais. Não fazia strip nem privates. Olha que galo!
Dei-lhe os contactos do meu amigo Gimba, para o caso de ela vir a Lisboa. A miúda tem qualidades.


Passados quinze dias, apanhei boleia do Pedro Keul (Público), mais o Manel Alverca, e fomos ver o Borg a Vale do Lobo. No Vale do Lobo Grand Champions. O torneio de veteranos organizado por Pedro Frazão que já proporcionou duelos como McEnroe-Marcelo Rios.

Era uma loucura ver os putos encostados à vedação da Sala de Imprensa, a pedir autógrafos ao Borg, depois de ele acabar de falar:
— Please, Borg! Please, Borg!
Uma loucura.



Diga-se de passagem que eu também pedi um autógrafo ao Borg. Ficou ao lado do Ayrton Senna da Silva e do Pelé. O meu livro de autógrafos é valioso, mas só sai de casa de vez em quando. Só pedi mais um autógrafo em Vale do Lobo. Ao Tiago Monteiro, que ficou a fazer companhia, na mesma página, ao Stirling Moss. Cravei o Moss no GP de Portugal de 1987, que cobri para a Gazeta dos Desportos.


Ao final do dia, eu e o Alverca regressávamos a Almancil, para a residencial. Por isso dormi quatro noites com o Alverca. Em camas separadas. Como sou grande amigo do Alverca, a malta fazia mais coisas em conjunto: pequeno-almoço, almoço e boleias para Vale do Lobo, que estava calor para palmilhar 7 quilómetros a patómetro.

Até às quatro da tarde ficávamos a preguiçar por Almancil (ou Almansil, já vi com as duas grafias). Na recta principal da localidade, descobri um clube apetitoso: Coyote Club. Com uma gaja estampada na porta. À noite, resolvi perguntar referência na recepção da residencial.
— Diga-me lá, que tipo de clube é o Coyote?
— Não está fechado? Olhe, mataram lá um homem há poucos meses. Ele tinha ido assassinar outro a tiro num apartamento e depois veio para o Coyote Club. Os amigos do outro chegaram ao Coyote e trespassaram-no com uma catana. Depois foi evacuado de heli para Lisboa.
— E não morreu?
— Morreu. Tinha a catana atravessada de lado a lado.

Eu e o Manel achámos que não valia a pena ir ao Coyote Bar. Até porque provavelmente estava fechado.
No último dia, houve a festa do torneio que o Bruguera ganhou com mais-coisa-menos-coisa ao Fininho (o Fernando Meligeni, que é mesmo um gajo com uma simpatia caralhantíssima). O Alfredo Laranjinha (da Federação Portuguesa de Ténis) agarrou-se à guitarra eléctrica e pôs-se a esgalhar êxitos antigos.
O Manel Perez (O JOGO) pediu-me para eu lhe apresentar ao Unas e eu apresentei o Manel Perez ao Unas.
— Pá, eu adoro declamar-te! — disse o Unas, referindo-se ao seu programa “O show do Unas”, com as minhas “Erecções” mais recentes. Agradeci ao Unas e ficámos ali um cheirinho na conversa. E adivinhem lá quem estava com o Unas? Pouca coisa: só a Sofia Cerveira e a Cláudia Vieira, dois monumentos nacionais.
Lá despachei uns cartões de visita com os blogues e elas riram-se à brava. E depois um gajo quer ser levado a sério!..

Passado um bocado fui ter com o meu amigo Pedro Couceiro, que disse logo para a Sofia Cerveira:
— Cuidado, que ele é perigoso!
Perigoso é o José Sócrates. Eu andei por ali pelos Algarves e nem comi uma chavala, só para amostra.

À noite, findo o torneio, houve uma festa, com banda e tudo. E eu fartei-me de dançar com duas loiraças. Uma irlandesa e outra da Estónia, que era uma brasa que até metia impressão às impressões digitais.

Pensava eu que eram mãe e filha. Ganda otário.
Quando a mais novinha me disse que era da Estónia, respondi muito inocentemente:
— Por acaso, da Estónia só conheço strippers.

Não se pode dizer que tenha sido uma frase inteligente. Mas eu também já estava queimado pela forma como dancei sozinho na relva o último tema: “Born to be wild”. O João Paulino perguntou-me:
— Pá, o que é que te deu para dançar daquela maneira?
Não me deu nada. Sou assim. Um gajo vê a Cláudia Vieira, um gajo vê a Sofia Cerveira, um gajo vê uma irlandesa de sorriso magnífico, um gajo vê a um metro de distância uma menina da Estónia que era uma verdadeira Salambô...e depois um gajo vai para o quarto com o Alverca discutir a entrevista do Pinto da Costa. E o Coyote Bar só está a menos de 500 metros.

Voltámos a Lisboa no outro dia, novamente a bordo do bólide do Pedro Keul. E o Manel Alverca:
— Hei-de sempre vir a este torneio.

Também gostei. A vida não é só comer gajas.
(pelo menos é o que dizem os gajos como eu. Ainda ontem fui interrogado por uma menina que tinha acabado de se vir em cima de mim: porque é que não te vieste também?
Ora bolas! Queixam-se de que não se vêm, um gajo é cavalheiro, um gajo não exige nada. Um gajo até estreia os novos preservativos Private Gold. E elas ainda perguntam: porque é que não te vieste comigo?)

O país está bonito. Estava a precisar de outro Salazar. Ao menos esse sabia o que queria:
— Chupa, Garnier, chupa! Ó Maria, o fricassé já está pronto?
E a D. Maria, solícita:
— Está quase no ponto, Dr. Oliveira. Mal se venha na boca dela a refeição está servida.

(Com esta posso ser alvo a abater por parte da Extrema Direita. Mas pensem só numa coisa: vocês já imaginaram bem o trajecto de uma bala de nove milímetros a atravessar-vos a alma e a extrair-vos as mais enigmáticas confissões? Vão mas é marrar com o Cotrim e o Miguel Rocha, com o Baptista Bastos ou com a Márcia Breia).

Soluções culturais:



Baptista Bastos escreveu o excelente “O cavalo a tinta-da-china”, Cotrim escreveu e Rocha desenhou o multipremiado álbum “Salazar” e Márcia Breia interpretou magnificamente no Maria Matos: “Deus, Pátria, Maria”.

Devo dizer que o Botas não me fez mal nenhum. Mas prefito o goleador “Billy, o Botas”, da BD.

Isto é que é um post à maneira, seus maganos!
Já ando a receber mails com protestos: “Então, o Salão de Portimão?”.
Calma, tudo a seu tempo. Primeiro o génio literário. Depois os Salões Eróticos. O mundo tem uma ordem que deve ser respeitada.
Já falta pouco.





Auto-publicidade Poético-erótica

5 Comentários:

  • Às 7:53 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

    O senhor que está na foto por cima da minha credencial do ténis é o Bjorn Borg, provavelmente numa imagem das suas vitórias em Roland Garros.

    Então eu não sei onde vou buscar as fotos?

    Pois não. Não se esqueçam de que necessito sempre do apoio da minha equipa técnica. E este texto foi enviado às 8 da manhã e já está em linha. Não ia acordar os meus amigos para lhes chagar a cabeça com uma foto do Borg.

    Eles andaram à procura e tiveram a generosidade de pôr isto em linha a todo o vapor.

    O senhor que está por cima do Bjorn Borg é o Pedro Frazão, o director do Vale do Lobo Grand Champions, que é patrocinado pela Caixa Geral de Depósitos, por isso o torneio até teve direito à presença do seleccionador Scolari. Tanto na bancada como nos "courts", nuns joguitos amigáveis. Dizem as más línguas que eu lhe ganhava.

    É certo que o crónico vencedor do torneio dos jornalistas (Miguel Seabra, que já vai em 7 êxitos consecutivos) o avia em três penadas.

    Mas gostaria de deixar uma palavra de apreço para o bom ténis exibido pelo jornalista/finalista vencido,Artur Margalho, com um ténis muito mais romântico do que Miguel Seabra. Viva o serviço/rede e o ténis de ataque!

    Também quero deixar um grande abraço ao meu amigo Carlos Figueiredo, sempre uma figura imprescindível pelos "courts" desse país fora. E deliciado não só com o ténis como com a parte social do torneio.

    Estou certo de que se terá sentido muito honrado com a sua presença no "court", na distribuição dos prémios, ao lado de Scolari.

     
  • Às 8:14 da manhã , Blogger Geraldes Lino disse...

    Deu-me pica aquela tua descrição da "touch dance", está realista btt e didáctica qb.
    Vê-se que percebes da poda (poda, com p, nada de interpretações dúbias).
    Abraço.

     
  • Às 9:17 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

    Meu caro Lino:
    Já tenho mais algumas descrições de Private Dance, Touch Dance e Contact Dance no www.sexonanoite.blogspot.com.

    Mas a mais picante aconteceu em Dezembro de 2004, no Peep Show da Calçada da Glória. É um texto literariamente interessante, mas em que eu me exponho imenso.

    Há-de sair o post. Já sabes que é um dia por semana. E ainda estamos em Novembro.

    O meu record de tempo com uma menina passou-se no Photus, com uma romena muito bonita de nome Valentina. Chego a casa e um pico de energia a seguir a uma quebra de luz em Lisboa provocou o estoiro do CPU do meu computador.

    Andava eu a escrever o "Sexo na Noite". Imagino-me a gastar centenas de contos noutro computador. Fico sem computador para escrever na altura. Isto foi em Dezembro de 2004.Fiquei altamente perturbado.

    Saio para a rua de sobretudo (estava muito frio) e em vez de ir passear para os lados da Gulbenkian, dou umas voltas e passo em frente ao Photus, ali no Centro Comercial S.João de Deus.
    Resolvi entrar para beber um copo e tentar descontrair.

    A menina romena veio ter comigo, eu estava a precisar de desabafar e, num impulso, resolvi pedir duas Private Dance com a mesma menina, porque davam mais uma de bónus.

    O que quis dizer que tive três. Como cada uma é de dez minutos, estive na cama com ela durante meia-hora. Sem sexo e sem poder tocar-lhe. Só com ela a fazer strip e a acariciar-me (com termos) na posição de sentado na cama e deitado na cama.

    Uma coisa muito carinhosa, com sorrisos, com diálogo. E depois ainda viemos falar um bocadinho cá para fora, mas sem eu lhe pagar bebidas. Era domingo à noite, muito tarde, aquilo estava quase vazio.

    Ela perguntou: "Sentes-te melhor agora?"
    E eu: "Sim, obrigado".Foi uma coisa bonita e humana, entre dois seres que se estavam a conhecer. E não houve teatro entre nós, nem aqueles diálogos "chapa 3".

    No outro dia recorri aos meus amigos, soube que não tinha perdido nenhum texto e o arranjo do CPU ficou por 16 contos. Até se podia pedir indemnização à EDP, mas o processo burocrático é complicado.

    O problema foram as ligações do computador cá em casa. Não estão protegidas com um gingarelho qualquer que impede estas cenas.

    E estava quase a apaixonar-me por ela. Até fiz um poema sobre isso, em tom meio brincalhão/meio sério.

    Nunca mais a vi. Mas qualquer dia pode ser que a veja num clube e vai ser uma festa:
    "Olha, o escritor deprimido do computador que estoirou".

     
  • Às 7:02 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

    Sabes, estou com um certo medo que relates algo sobre o salão erótico em Portimão...

    É que ainda tenho aquela imagem de alguem que, em plena entrevista às 3.10H (hora muito má para entrevistas Luis... é que já ninguem se estava a despir) a um amigo, retorquiram-lhe com um valente e bem sonoro... VAI PRÓ.... mais coisa e menos coisa.

    Realmente foi lamentável... há pessoas que têm dificuldades em aceitar falar para imprensa eu sei... mas, ainda hoje eu revivo essa cena; após uma noite em que era só gajas nuas desde as 19 horas do dia anterior até ás 3 da matina... remata-se o dia com uma ida para um vegetal com que se acompanha os bifes... muito mau.

    E o filme de Fellini ainda estava no inicio... o teu desespero era tanto que te apanhei já na linha férrea (com isso na consciência não irei ficar nunca) e, tomamos aquele copo numa tasca... uma valente dose de H2O bem fresquinha pois as gargantes assim o exigiam e, o figado a mais não deixava...

    Foi um tête-à-Tête porreiro... serviu para trocarmos muitas opiniões e para chamar nomes aquele gajo que anonimamente (cobardolas) disse em versões anteriores do teu blog, para ires fazer sexo anal com um Grand Danois (mas mesmo assim não deixo de achar a ideia interessante e, até que um pouco excitante... desde que o cão tenha um ançaimo claro)... se bem que a noite ainda preparava umas muitas surpresas...

    O caminho que não era para a India mas para a tua residencial onde nunca nenhum carro teria acesso quanto mais o Vasco da Gama... um empregado esbugalhado que, ás horas tardias a que chegamos, já deveria ir na 3ª mãozada no "De Boas Erecçções Está o Inferno Cheio"... ou seria pela visualização do canal Hustler que ele se apressou a desligar???? Irei sempre ficar com essa duvida...

    Assim como ficarei com a duvida acerca das pretensões do empregado que quando nos viu entrar queria ir para o quarto a acompanhar-nos... realmente muito mau. E se fosse só isso...

    Resolveste ir arejar e pôr a conversa em dia... Portimão à noite é efectivamente pior que Chicago no tempo da lei seca; senti um medo horrivel... lembrei-me que passamos por um cemitério e tu disseste (eles vão-se vingar de mim - os tais da tua reportagem falhada ás 3:10H)... o como me arrepiei...

    E aquele espião que nos perseguiu a noite toda... seria da Mossad??? Da CIA???? Dos Bombeiros???? O que é certo é que aquela fantasia era muito diferente.... aquele energumeno vestido de gato (mas seria mesmo um gato??? Era tão real....) perseguiu-nos o tempo todo.... eu já estava tremer de medo...

    E depois tu, que te sentiste mal. Um farmácia aquela hora ou uma igreja... uma aspirina ou àgua benta... realmente Luis, as tuas terapêuticas necessuitam de ser actualizadas e, encontras-te ambas... fechadas. Farmácia Central e Igeja... não mais me irei esquecer. l

    Logo ali resolveste escrever no livro de reclamações que, "às 5 da matina não há nada aberto..." a não ser que junto à farmácia fechada e, à igreja igualmente fechada, havia uma residencial... de meretrizes (acho que dizer de putas fica mal...) aberta e, os carros que circulavam, continuamente, a examinarem quem eramos...
    Carros com pessoas no banco de atrás, chouffer à frente, carrinhas dignas de coveiros ou de megarefes...
    Tudo se compunha para uma noite de terror... e, efectivamente era uma noite de terror; tu que tinhas sido educadamente direccionado para os alhos e, aquele motorista de táxi que berrava em plena praça central de Portimão que tinha sido assaltado... era quase que o fim!

    Realmente, as noites contigo são horriveis Luis... e dizes tu que afinal não comeste gaja nenhuma... bem te podes vangloriar que tu e o Luisinho vieram bem para cima sem passagem pelo cemitério e, tá bem, sem receber os 2 mil escudos mas, caga nisso.

    Estou muito a desejar ver o teu comentário ao salão de Portimão e, a esta prosa pois, se houver algum sacana que não acredite nisto, podes bem dizer-lhe Luis que eu tenho as provas e, a foto do gato...
    Mas não te preocupes com o gato Luis pois, eu já enviei a foto para que o SIS identifique quem nos perseguiu naquela noite.

    O castigo será merecido... nem que seja sob a forma de uma baleia pelo colon ascendente do nosso perseguidor.

    Ah outra coisa; escrevi para a Disney pois não consigo admitir que os cartoons sejam parodiados como o foram na feira do sexo de Portimão - é lamentavel que as senhoras que por lá trabalhavam (tal e qual hospedeiras da TAP) tenham de fazer de Mickey Mousse num espaço dedicado ao culto como o foi o da feira... realmente repugnante.

    Eu contei isto a um bispo da IURD e até ele manifestou o seu mais profundo desagrado.

    Um Amen para ti e, tenta-te manter HARD!!!!

     
  • Às 9:19 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

    Meu caro Rui:

    A convivência contigo, dentro e fora do Salão, foi do melhor. É sempre uma enorme prazer encontrar alguém que aprecie uma boa pingue-pongada de sentido de humor. Toma lá, dá cá, agora mandas tu uma boca, agora faço eu um trocadilho.

    Acabei agora de escrever o primeiro post sobre o Salão de Portimão. Com 3 bicas e duas latas de Coca-Cola. Estou mesmo muito estoirado. Já mandei back-ups do texto para os meus amigos postadores, mas ainda tenho de rever o texto e escolher as fotos.

    O post é muito longo, perto de 25 mil caracteres. Mas isto é como no jornalismo. Não segui a ordem cronológica e abri com o mais importante à cabeça, tipo lead, tal como me ensinaram o meu primeiro chefe, António Castro (Diário de Notícias) e o José Luís Fernandes (no curso de jornalismo da Casa do Alentejo, em 1981).

    Ou seja, fui logo para o sexo ao vivo. Parece que a máquina Olympus estoirou mesmo, mas o rolo aproveitou-se. Eu acho que há montes de fotos inaproveitáveis (as miúdas ficaram todas em tons de rosa ou amarelo torrado) mas há amigos que acham que assim é que é estiloso e que eu estou a ser modesto.

    Enfim, aproveita-se bastante coisa, porque não se pode postar tudo. E cá postaremos agora, com um certo ritmo, conforme as possibilidades dos amigos.

    Saí de Portimão depois de comprar uma garrafa de champanhe e brindar à medalha de ouro do Nelson Évora, lá na residencial. Mas não foi com o senhor que nos abriu a porta.

    E como levei com outra directa involuntária (fiquei mesmo com os sonos trocados) ainda deu para ir de manhã dar uma flor à Maria João, da Chocolate Coffee Book.

    A sessão de poesia correu muito bem. No final fiquei a falar com fãs de Lisboa e do Porto, que estavam de férias em Portimão.

    Quanto ao desenvolvimento daqueles episódios da noite de sábado...nem te conto aqui. Lê o primeiro post do Salão. É logo tudo dito, lá para o final. Algumas coisas vais recordar, das outras não sabias e vais ficar de boca aberta.

    Antes disso ainda deve sair mais um conto (que já não é um do Dick Hard, mas é um policial) e uma suposta recensão a um filme da Private que acabou por ser um exercício de escrita criativa, em que até a minha tartaruga me insulta.

    Grade abraço para ti e beijinhos para a tua amiga, que é muito simpática.

     

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